quarta-feira, 25 de novembro de 2009

À Maria - A descrição.

“Está caído no alto, contrariando as leis das coisas que caem, e se estende sobre nós seja dia seja noite nos doando de si mesmo belezas infinitas.

Às vezes chora em água com a gente, ou se fecha pálido porque outro entre nós sente-se fechado.

E acompanha todos os seres e todas as coisas e carrega para eles todas as pesadas luzes do universo. É lá ainda que habitam os que nos morreram, as mães mortas, os filhos não nascidos.

E é para lá que olham os vivos quando desesperados ou mesmo esperançosos, para lá que abrem os braços numa tentativa de abraçar e ter para si toda paz que ele promete ser.”

Assim, minha mãe, defini o céu, mas não consegui te mostrar.


Adrian L.

Um comentário:

s disse...

Dublando o coração